Poema de Valmir Melo (Bita)
Brava Gente homenageio
Aos que se foram
Irmãos que ficam
Xingam e não morrem
A mingua triste língua
Grande músico bento,
Perdemos este talento.
Raimundo marceneiro,
Ilustre brasileiro.
Antonio de Bilírio e Donato,
Muita visão poucas pernas
A eles somos gratos.
Na juventude se foi em vão,
Saudoso Joca do jeep e Reinan.
Dande e Domingão
Donos de hotelaria
Neneu e Zeca Santa Bárbara
Comandavam a putaria.
O inesquecível Amado
Será sempre lembrado
A elegância em um paletó
Da licença e Adálio
Em pingo d’água dava nó.
Os festivais e discotecas
Que dançavam só. Saudades
De Neném de Odeck e Pororó.
Sempre dez sempre vinte
Sai na caçamba por ai
Lá se foi Valdito e Judi.
Inesquecível nenhum coração igual
Juracy do hospital.
Na guerra sobreviveu aos sete
setembro sempre desfilou.
Esteja em bom lugar Valdenor.
Durval Alfaiate, Isaac Pastor
José Pereira Sindicato
Vadinho do Bahia Torcedor
Charuto e Neca sapateiros,
Zeca do Brejo galista
Noel, Dadau, Manu e Jonas comerciantes
Augusto Balconista.
Guinho e Amos pai e filho
João e Ângelo Fogueira irmãos
Cauna Borracheiro.
Zé de Lino, Badé, Chico Louro barraqueiros.
O crack Shall, Pedro Banana
Acretino genro de Ostiano
Padre, Piau, no pagão Silvano.
Este era de agitação
Cezar Cotias fazia política
Briga de galo e fiscalização.
Sorrisos, nas corridas de cavalo
Sempre com saldo
Evaristo Dativo e Perivaldo.
Lojista Ló e José do Exu
Joel o dentista
Quitandeiro Antonio marinho
Padaria Chico Zoinho e Maninho
Fazendeiro Leonel Soares
Albino Rios, Balbino Pamponet.
Marinho Preto negro faceiro,
Mirinó padeiro,
Galo, Binha, Antonio de Dute, encrenqueiros
Ferro velho Ananias, nego Mazu protista.
Reinaldo Miranda e Celso Miranda farrista.
Valdete ferreiro, Antonio Periquito motorista.
Quando se falam em futebol
Muitos se lembram ou já foram,
Do time de Osvaldo ou Zé Boi.
Um dinheiro rasgado,
Ou vencido tostão,
Aceitava na quitanda de
Gameleira e beijão
Ananias, Didi professores, a mãe
Que se cuide era maneira de vingar
No judas ao lendário Tatá.
Pedreiro Zelito Ripa, Chico Remador
Caifaz eterno servente.
Pateta era velho, a mãe adolescente.
Em negócios com boi imortal
nÉ Ferreira, Otávinho e Zequinha Leal.
Vicente Flandu, Édison,
Miranda e o bosta seca João,
Leleu e Miro Gancho na tenda
De Vilário era só gozação.
Construções para durar cem anos
Ficou a marca de Judicael, Lelê,
Mestre Jaime e Adriano.
Inesquecíveis políticos Bianor, Sr. Miranda
Evandro Miranda e Milton,
Nas pedras Alexandre Dumas,
Nos Lasca Gato Wilson.
Somos malucos beleza dizia Zizi
Tião Heloísio.
Não há ninguém no inferno,
Estamos todos no paraíso.
Valmir Machado de Melo
Fonte.: www.gazetadachapada.com.br