Conta a história que um jovem senhor de nome José Ribeiro Soares com apenas 25 anos de idade, vindo do estado do Piaui, adquiriu em 1815 a Fazenda Muquêm, localizada no município do Camisão, hoje conhecido por Ipirá.
Um ano após, em 1816, casou com uma jovem por nome Ana Sousa Santos, ela da cidade de São Gonçalo, deste casamento veio 10 filhos.
Tempo depois, José Ribeiro Soares comprou a fazenda Camuciatá, onde ia todas as manhãs, retornando ao final da tarde, um certo dia, ao anoitecer não chegou em casa, uma cachorrinha que lhe acompanhava regressou, cansada e um pouco tímida.
Desconfiada, Dona Ana, chamou alguns de seus empregados e pediu que force ao encontro de seu esposo, José Ribeiro, para sua tristeza, o mesmo foi encontrado morto na estradas, isto em 15 de setembro de 1828, segundo consta, foi assassinado por um senhor de nome José Gouveia, também do estado do Piaui que estavam morando em Feira de Santana, segundo supõem, que entre eles havia rixas antigas.
Desgostosa e muito tristes pelo acontecimento com seu esposo, Dona Ana, não sentia prazer em morar na Fazenda Moquém, e assim comprou um pequeno barraco de palha em grande propriedade de terra, hoje conhecida como Fazenda Cais, em 1852, ela reformou e adequou a casa, passado ser a residência de sua família.
Devota de Nossa Senhores das Dores, dona Ana tinha a promessa de todos o mês de setembro, visitar uma Igrejinha localizada no Monte Alegre, hoje Mairi. Foram vários anos nesta penitência, quando em setembro de 1855, retornando de Monte legre, parou em uma grande baixa, no mento de descanso, pediu para seu filho primogênito Manoel Ribeiro Soares construir naquela baixa uma igrejinha, alegando que já idosas estava ficando difícil viajar até Monte Alegre, e assim foi construída uma capela na baixa grande, local onde hoje se encontra o coreto no centro a Praça Principal de Baixa Grande, batizada de Praça Manoel Ribeiro Soares.
A Capela foi concluída em 1860, durante 25 anos, várias residência foram construída ao redor da capela, e ali moravam várias pessoas, ficando conhecido como Arraiá da Baixa Grande.
Com a capela construída, faltava sua padroeira, e assim dona Ana encomendou uma imagem de Nossa Senhora da Dores, e lhe trouxeram França pelo valor de Cinco Mil Reis.
‘A imagem de Nossa Senhora das Dores, foi adquirida em 1861, trazida da França até Feira de Santana, de Feira de Santana, foi transportada na cabeça de homens a pé até a Fazenda Caís.
Dona Ana achou bonita, mandou furar as orelhas da imagem, retirou de suas orelhas um par de brinco contendo 5 pingentes em cada e colocou nas orelhas da Santa. Os brincos foram roubados por saldados em 1900.
Atualmente a imagem se encontra abaixo de uma das escadaria da Igreja Matriz, de Baixa Grande, sendo a imagem com maior valor histórico da Igreja Matriz de Baixa Grande’.
Em 17 de julho de 1885, o Arraiá da Baixa Grande foi elevado a município por meio da Resolução Presidencial 2.502, assinada por José Luiz de Almeida.
Com Baixa Grande Emancipada, foi nomeado Manoel Ribeiro Soares como Intendente para geris o município por um período de 4 anos (1885 a 1889), o 2ª Intendente de Baixa Grande foi David Ribeiro Saback (1889 até 1893), o 3º Intendente foi João Lúcio de Oliveira, (1893 a 1898).
De 1898 a 1906 não foi encontrado nos arquivos da prefeituras quem foram os Intendentes, consta apenas quando em 1906, por perseguição política, Baixa Grande foi destituída de município, passado a pertencer ao município de Capivari, hoje Macajuba, e a Baixa Grande ficou denominada, Vila de Capivari.
Em 1910, foi retornado município tendo agora prefeito eleitos, sendo Vitor Carneiro da Silva, seu mandato durou até 1916.
Vitor Carneiro foi sucedido por outros nomes que assumiram a prefeitura de Baixa Grande, a exemplo de José Presídio de Figueiredo, (1916 a 1918), Dr. Cezar Ribeiro Soares (1918 a 1920); Manuel Domingo de Amorim (1920 1924); Carmerino Ribeiro Saback (1924 a 1928) e Rosalvo Queiroz Miranda (1928 a 1930), quando pela segunda vez, Baixa Grande foi destituída e desta vez passou a integram o município de Monte Alegre (Mairi).
A decisão causou insatisfação em fazendeiros, comerciantes e políticos, com esforços conseguiram em 1937, retorna Baixa Grande a município. Na época foi eleito para prefeito o coronel Bianor Pamponet Suzart, com apenas 11 meses de mandato, Bianor foi destituído por meio da Regime Militar, sendo nomeado José Presídio de Figueiredo como Intendente, apaixonado por Baixa Grande, Apaixonado por Baixa Grande, Bianor foi eleito para mais dois mandatos, sendo 1946 a 1950 e 1954 a 1958.
A fim de registrar a história política de Baixa Grande, entrevistei várias pessoas que foram servidores (funcionários) ou políticos na prefeitura de Baixa Grande, entre 1950 a 1982 a fim de relatar sobre os mandados do gestores deste período sendo:
Foram eles: Bianor Pamponet Suzart, Durval da Silva Miranda, Milton Pamponet Ribeiro, Raimundo Miranda Boaventura e Evandro Miranda Boaventura.
Conheça agora quem foram os entrevistados para o documentário dos Ex-Prefeitos de Baixa Grande, o documentário será dividido em 5 séries, uma para cada prefeito.